quinta-feira, 22 de março de 2007

A globalização e o desempregro

A globalização provoca o desemprego?
Sim, se a opção da direção de uma multinacional optar por construí-la em outro país ou resolver mudar o centro de produção de seu estado para outro longe onde você mora.
Ela pode provocar desemprego se o produto que você fabrica não for competitivo. Aí quem pode perder o emprego é você, dono da empresa e seus funcionários. A competitividade e o livre mercado provoca sempre um grande desemprego
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E no Brasil...

Então foi a globalização que o Brasil adotou que provocou o desemprego que estamos enfrentando hoje?
Não, o termo é que chegou junto, mas a globalização já existia com outro nome, o que provocou o esemprego no Brasil foi primeiro a abertura das importações, junto com um conjunto de fatores, a saber: Globalização, tecnologia, produtividade, desregulamentação, e privatizações, maior competição entre empresas.
1 - o Brasil a partir de 1991 começou a abrir a sua economia. Nossas empresas viveram protegidas durante muitos anos pela chamada proteção a indústria nacional para que ela pudesse se fortificar e desenvolver.
2 - durante décadas 1960 a 90 vivemos sob o regime da reserva de mercado, quando empresas nacionais e multinacionais instaladas aqui ficavam "protegidas", dos produtos importados que sofriam restrições de importação e até mesmo a proibição, e quando era importado o produto recebia uma taxação muito forte.
3 - os preços, neste período, eram aprovados pelo governo através de um departamento chamado "CIP". Funcionava assim. A empresa multinacional ou nacional fazia um pedido de aumento de preços ao governo. Remetia uma série de provas de que os seus custos tinham subido e que não dava mais para sustentar aquele preço. O CIP emitia um telex à empresa autorizando o aumento. Aí as novas tabelas entravam em vigor. Ninguém trabalhava com custos e competição.
4 - os empregos se mantinham porque não havia competição, perdas com entrada de concorrentes no mercado, redução de margens de ganho, etc. Mas era uma economia irreal.
5 - outra situação impar em todo o mundo era que as multinacionais instaladas aqui gozavam de uma proteção devido à loucura da inflação brasileira, onde só trabalhava com lucro quem soubesse administrá-la. Raramente o pessoal da matriz entendia alguma coisa do que os relatórios diziam. As multinacionais sabiam muito bem como lidar com a inflação.



A globalização é uma coisa boa para quem?
Uma empresa globalizada que elege um país para investir quer seja para ampliar sua fábrica, quer seja para se instalar pela primeira vez no país, ou então para montar um centro de distribuição regional, estará sendo uma boa coisa para:
Os trabalhadores que conseguem emprego na nova fábrica.
Para os governos que recolhem mais impostos.
Para as pequenas empresas fornecedoras que receberão encomendas de uma empresa sólida.
Então é uma coisa muito boa e não tem contra indicação?
Não. Uma multinacional globalizada é uma potência que impõe suas condições de preços, condições de prazos e produção, qualidade total, entregas com padrões rígidos, e muito mais.
Uma empresa globalizada tem seu centro de compras em Londres. Seus escritórios de compras em Nova York, Singapura, etc. Seu centro de produção no rio de janeiro, os programas e centro de computação em Los Angeles, e os produtos finais são vendidos no mundo inteiro com a mesma marca.
Você compra um veículo Ford e pronto. Hoje importa que você tenha um tênis Nike americano, mas você não sabe onde ele foi fabricado.
Globalização é isto e muito mais. Chegou para ficar com este nome, mas a sua estrutura iniciou-se desde a fundação da companhia das índias. Veio depois à companhia das índias ocidentais, etc.